quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Aprendizados

Depois de algum tempo de vida a gente começa a entender a diferença sutil entre dar as mãos e acorrentar uma alma.
Você aprende que amar não significa depender...
E que companhia nem sempre significa segurança.
Você começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas.
E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.
Você aceita que não importa quão legal seja uma pessoa. Ela pode feri-lo ...
E você precisa apreender a perdoá-la por isso.
Você aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer apesar das longas distâncias.
E que o que importa não é o que você tem na vida. Mas quem você tem na vida.
Você aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que teve e o que aprendeu com elas do que quantos aniversários você celebrou.
Você percebe que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido. o mundo não pára pra que você se recupere ou se reconstrua.
Você também aprende que o tempo não volta atrás.
Então... O melhor que temos a fazer é plantar o nosso jardim e decorar a nossa alma.
Não dá pra esperar que alguém nos traga flores.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

"Carnaval uma festa popular"?

Diante das notícias sobre o carnaval fico perplexa ao ver como o povão, o responsável pelo brilho dessa festa tão linda e maravilhosa, que  tanta riqueza traz para o Rio de Janeiro é tratado. Os donos da festa ficam segregados, longe das apresentações das escolas de samba e de todo o glamour da folia.
Enquanto isso, as celebridades, pessoas convidadas de governadores e empresários, se divertem e são bem tratadas nos camarotes luxuosos. Essas pessoas que nada pagam, podem  apreciar dos melhores  ângulos essa festa "dita popular" que foi preparada às custas de suor e lágrimas de homens e mulheres que deram o sangue para que o carnaval fosse esse espetáculo deslumbrante que encanta  pessoas de todos os lugares do planeta!
Deixo aqui uma sugestão: reservar um camarote para que os criadores  do carnaval,  os trabalhadores dos barracões, pessoas simples da comunidade, que  tanto contribuiram para a  realização de tão importante evento cultural do nosso país,  tenham a chance de assistir, com dignidade, a  essa festa popular que foi produzida por elas com tanta  dedicação e amor.
 Carnaval é a festa do povo ou festa feita pelo povo?

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Carnaval 2010

Carnaval tempo para relaxar e descansar.

Livro - Retrato do Artista Quando Coisa


A maior riqueza do homem é a sua incompletude.
Nesse ponto sou abastado.
Palavras que me aceitam como sou - eu não aceito.
Não aguento ser apenas um sujeito que abre
portas, que puxa válvulas, que olha o relógio, que
compra pão às 6 horas da tarde, que vai lá fora,
que aponta lápis, que vê a uva etc. etc.
Perdoai.
Mas eu preciso ser Outros.
Eu penso renovar o homem usando borboleta.
(Manoel de Barros)

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Será que mais uma vez tudo vai acabar em pizza?
Tomara que não.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Ciranda da Bailarina


"Procurando bem
Todo mundo tem pereba
Marca de bexiga ou vacina
E tem piriri, tem lombriga, tem ameba
Só a bailarina que não tem
E não tem coceira
Verruga nem frieira
Nem falta de maneira
Ela não tem
Futucando bem
Todo mundo tem piolho
Ou tem cheiro de creolina
Todo mundo tem um irmão meio zarolho
Só a bailarina que não tem"
Chico Buarque


quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Senadora Marina Silva - artigo publicado na Folha de São Paulo


A palavra segue como senhora das construções humanas. Os bons discursos unem razão e emoção, argumento lógico e o apelo do espírito. (...) Mas o que faz com que discursos se perpetuem na história é o fato de não se distanciarem da ação.
Senadora Marina Silva - artigo publicado na Folha de São Paulo (21/12/2009)

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Diagnóstico

“Se um indivíduo está doente e febril, e se lhe administram um antibiótico que o põe bom, ele pensa que foi bem tratado, mas, na verdade, o caso é uma tragédia, porque o médico foi aliviado da necessidade de fazer um diagnóstico pelo fato de o paciente ter reagido bem à droga, cegamente administrada. Um diagnóstico em bases científicas é a parte mais preciosa da nossa herança médica e distingue a profissão médica dos curandeiros, dos osteopatas e de todas as outras pessoas que consultamos quando queremos obter uma cura rápida.
A questão é esta: que vemos na profissão docente, que corresponda ao diagnóstico clínico? É muito possível que eu esteja errado, mas sou levado a afirmar que pouco vejo, no ensino, verdadeiramente equivalente ao diagnóstico deliberado dos médicos.
(...) Antes de mais nada, o que é que se fez nesse sentido? Há um método pelo qual o diagnóstico chega a todas as escolas: se há dúvida sobre a capacidade de uma criança, a tendência é livrarem-se dela, rejeitando-a ou removendo-a por pressão direta, isso pode ser bom para a escola, mas péssimo para a criança. (...)
Faço aqui a sugestão de que o ensino deva ser oficialmente baseado em um diagnóstico tão bom quanto é na prática médica. A compreensão intuitiva (da situação da criança) por parte de professores especialmente talentosos, não é suficientemente boa na profissão como um todo.”
Winnicon, T. O diagnóstico – A criança e seu mundo


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terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

TODO SENTIMENTO




Preciso não dormir
Até se consumar
O tempo da gente
Preciso conduzir
Um tempo de te amar
Te amando devagar e urgentemente
Pretendo descobrir
No último momento
Um tempo que refaz o que desfez
Que recolhe todo sentimento
E bota no corpo uma outra vez
Prometo te querer
Até o amor cair
Doente, doente
Prefiro então partir
A tempo de poder
A gente se desvencilhar da gente
Depois de te perder
Te encontro com certeza
Talvez num tempo da delicadeza
Onde não diremos nada
Nada aconteceu
Apenas seguirei
Como encantado ao lado seu
(Chico Buarque)